domingo, 7 de setembro de 2008

Contamos com o calor humano!!

4 e 5/08/2008
Acertamos com a UNE que no dia de pré produção faríamos um cortejo para divulgar a Caravana e a chegada do Tá na Rua na Unisinos. Fomos para Universidade no fim da tarde e logo na entrada fomos barrado pelo segurança que disse que não estava autorizada a entrada da van no local, considerando o último evento em Floripa já ficamos meio apreensivos.
Tudo certo, foi liberada a entrada, houve apenas falta de informação, fomos bem recebidos pelo representante do DCE, logo perguntamos se teríamos que ir no prédio de engenharia, se estava tudo acertado para nossas intervenções, depois do ocorrido na UFSC tomamos consciência que não é possível sair entrando de qualquer jeito nos espaços, e que precisamos nos certificar de que há um mínimo de pré produção e autorização para que as intervenções ocorram, além de um cuidado artístico nosso para aproximação e entrada nos espaços.
Estava um frio terrível, percorremos os espaços da enorme universidade, que possui cerca de 25.000 alunos, já fazendo o reconhecimento para o dia seguinte.
Decidimos fazer um cortejo no corredor que leva a entrada dos alunos que chagam de ônibus. Foi muito difícil colocarmos as fantasias e pegarmos os instrumentos para cantar naquele frio, mas fomos lá. Começamos a descer o imenso corredor cantando, rodando e agitando as bandeira, muitos alunos subiam em nossa direção e o sorriso que nos davam foi descongelando nossos corações. Quando chegamos na rua abrimos uma roda e outras pessoas se juntaram para cantar. Haviam muitas pessoas fazendo propaganda política (entregando santinho) e não queríamos ser confundidos como grupo animador de nenhum dos partidos que ali estava, além do mais o horário já estava avançado e os alunos ingressavam com pressa para as aulas. Retornamos em cortejo para o interior da universidade, abrimos uma roda anunciamos nossa chegada e a programação do dia seguinte.
O atraso do ônibus para sair do hotel no dia seguinte impediu que realizássemos a programação, tendo em vista que quando chegamos na universidade as aulas já haviam começado. Participamos do debate sobre os 20 anos do SUS, estava bem cheio e os alunos se colocaram de uma maneira muito bacana, uma das alunas falou que a participação nas coisas que dizem respeito aos coletivos e não aos indivíduos é uma questão de escolha e que ela tem muita vontade de trabalhar com o SUS e melhorá-lo. Outra disse que era difícil para os alunos se expressarem, mas que sabia da importância das questões que estavam sendo levantadas ali. Os palestrantes falaram da importância do SUS e de como ele precisa ser fortalecido pelo povo, e para isso é necessária a conscientização política das pessoas para que reivindiquem seus direitos, pois os planos de saúde fazem de tudo para que o sistema público não dê certo.
Estava muito frio e chovia muito, estávamos preocupados com as intervenções seguintes. Na hora do almoço fizemos um cortejo até o restaurante universitário, a idéia era abrimos uma roda do lado de fora, mas não havia ninguém fora do restaurante. O produtor conversou com o gerente e ele nos autorizou entrar, entramos de mansinho tocando e cantando. Abrimos a roda entre as cadeiras e as pessoas, nos apresentamos e antes de começarmos a contar uma história perguntamos se desejavam nos escutar, todos disseram que sim e então apresentamos a narrativa do Inferno Nacional, foi muito bacana, um professor levantou e dançou com a Juliana. Pedimos licença e partimos, novamente as pessoas nos aqueceram.
Para noite estava programada uma atividade mais intensa, teríamos a estrutura de som e nos apresentaríamos em um local aberto, ocorre que a chuva não cessou, o que nos obrigou a rever o roteiro. Fizemos um cortejo no corredor que dava para os pontos de ônibus (mesmo local da noite anterior), a universidade estava vazia, (sexta-feira à noite com chuva e frio!!!) mesmo assim algumas pessoas nos acompanharam e para elas abrimos uma roda, inclusive perto das enfermeiras que estavam na campanha da vacinação de rubéola, nos apresentamos e contamos a piada do coelho que foi acompanhada também por alguns alunos que foram parando. Fechamos a roda e saímos em cortejo até o DCE e lá abrimos uma roda e cantamos mais com outros alunos que ali estavam.
Acredito que a estada na Unisinos fez com que recuperássemos o fôlego para seguirmos nossa jornada. Obrigada São Leopoldo. Campo Grande aí vamos nós...
Ana Cândida

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