quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Casa do Estudante de Curitiba



30/08/2008

A recepção em Curitiba foi bem bacana, a Binha, do movimento estudantil local, nos levou para conhecer 2 Casas do Estudante, uma onde moram e outra que é a futura sede administrativa e cultural, esta Casa é linda mas não está em condições de uso, inclusive não tem luz pois estão sem dinheiro para pagamento de dívidas pretéritas, mas acreditam que em pouco tempo o espaço estará ativo.
Foi combinado que iríamos fazer uma intervenção em uma Festa que aconteceria em um salão na Casa do Estudante, a festa não era da Une, já estava agendada pelos estudantes de algum curso da PUC-PR. Coletivamente decidimos trabalhar com o roteiro que apresentamos na Conferência de Juventude em Brasília, qual seja, narrativas sobre personalidades que na juventude apareceram para o mundo, dentre elas: Castro Alves, Che Guevara e Fidel Castro, Nara Leão e Bethânia, Beatles, Madonna, Xuxa, etc.
O Chico inclusive baixou algumas imagens para projetarmos, conforme idéia original. Fato é que quando chegamos no local já deu para sentir que não seria fácil: ambiente escuro, muita bebida, alguns jovens sentados no chão brincando de verdade ou consequência.
Começamos fazendo oficina e esta parte até que foi bacana, as pessoas participaram, dançamos New York juntos...Mas quando entramos na narrativa tudo desmoronou, começamos muito embaixo, a narrativa não estava boa, o texto não encaixava, nós nos colocávamos mal, a música (que foram baixadas um dia antes) não entravam legais, e os jovens não estavam interessados no que estávamos fazendo, demoramos para entender tudo aquilo. Os temas mais “cabeças” não rolaram, e quando apertou, pulamos o roteiro e fomos para os Beatles, Madonna e Xuxa, os quais apesar do caos instalado os jovens responderam. Depois disso não deu mais para continuar, encerramos.
Foi muito duro a rejeição, mas ainda mais depois de uma apresentação bacana como fizemos em Sampa. Conversamos bastante depois e avaliamos que a parte da oficina é que estava fluindo, que deveríamos ter abandonado o roteiro e continuado na oficina, outros disseram que com gente bêbada em festa universitária qualquer coisa que fizéssemos seria animação de festa, foi muito difícil, o que fazer para atrair a atenção da galera, cabe de fato fazer alguma intervenção em uma festa? Se cabe, como? Não fechamos as possibilidades de intervenções futuras neste sentido, mas certamente precisamos refletir muito sobre o que e o como.
Ana Cândida

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