quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O surdo fez falta mas os amigos ajudaram!!!!




11/11/2008
Depois da nossa intensa atividade na Federal de Salvador, faríamos na UCSAL (Universidade Católica do Salvador), um fato importante, o Pimpolho foi embora no domingo (9/11) e só retornará em Brasília para a teia, perdemos uma pessoa muito importante, como ator, narrador e principalmente como nosso ogam, resumindo, a música foi embora (o Pimpolho quem toca o surdo e opera as carrapetas!!!).
No dia 10 pela manhã verificamos que nossa caixa de guerra tinha desaparecido do hotel (havia ficado em uma salinha com outras bagagens), mais um sintoma de que o som queria ir embora...Para aliviar a nossa “dor” encontramos no ônibus fantasias que tínhamos dado como perdidas, vão se as notas mas chega o colorido, ainda bem!!!
Fomos para a Universidade dia 11 fazer nosso primeira atividade do dia, um cortejo pelos corredores, para fortalecer o coletivo contamos com as participações especiais de Fernanda Machado e Patrícia, o Aldo tentou tocar o surdo mas foi desastroso, cantamos o melhor que pudemos, mas ficou longe de ser bom. Aí como sinto falta de termos aula de canto e percussão!!! Quando faltam as duas coisas fica difícil, o fato de não cantarmos bem no Tá na Rua é encoberto pelo som mecânico ou pelo som do surdo e caixa que Alessandro, Pimpolho e Luciana tocam bem, quando não estão e não temos o recurso do som mecânico percebemos a grande defasagem da nossa voz.
Não que tenhamos que cantar todos afinados como um coral, mas um mínimo realmente faz falta!!! Pois bem, fomos literalmente na raça conduzindo a cantoria do cortejo, abrimos uma roda falamos a programação (até que juntou muita gente) e finalizamos.
O dia parecia que seria complicado, mas ao meio dia, na frente da tenda da Une a Fernanda Machado e o Herculano começaram a dançar e isso contagiou a todos e quando vimos nossa roda estava formada, o Aldo e o Guilherme (nosso produtor na Caravana) conduzirão o som da forma que puderam (não havíamos separado nenhum material para oficina ou apresentação para a intervenção do meio dia).
Roda formada, muitos alunos tinham acabado de sair do auditório onde rolou o filme do Michel Moore, SOS Saúde, então aproveitei o ensejo para contar a nossa história do plano de saúdo, dois alunos fizeram os pacientes, foi muito bom, em seguida a Fernanda Machado narrou uma história que envolvia mulher, marido e amante, e por fim o Aldo narrou As aparências enganam. Finalizamos à tarde felizes!!!
À noite o Chico foi conosco para operar o som, combinamos de fazer o Campônio, as duas Portuguesas e o Aldo e a Fernanda fazerem Gabriela. Ocorre que a Fe não conseguiu ir, então trocamos o número da Gabriela pelo Abre essas pernas (que eu fiz com o Aldo ele de mulher e eu de homem! Foi hilário – os estudantes adoram ver homem vestido de mulher!!!). Trocamos todos os personagens que normalmente estávamos fazendo e o resultado foi muito positivo, além de nos divertimos, cada um contribuiu com coisas novas o que engrandeceram e renovaram as narrativas.
Uma grande roda se formou para nos assistir e os números foram muito aplaudidos, ficamos todos bem, tão bem que saímos da Universidade direto para comer um acarajé da Regina e beber uma cerveja (eu, claro, bebi minha caipvodka!!), fazia tempo que não saíamos todos juntos depois de uma atividade (estamos sempre cansados e vamos direto para o hotel!!).
Foi ótimo Salvador, até logo, espero que o Tá na Rua esteja aqui na Bienal da Une no ano que vem!!!
Ana Cândida

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