quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fotaleza: Retorno à Caravana!!!





14/10/2008
Do Rio de Janeiro para Fortaleza, cheguei no domingo, dia 12, esta cidade é especial para mim pois foi aqui que minha história de amor começou com o Aldo!!!
No dia 13 fomos fazer a pré na Universidade, estava com um contato que a Lua tinha passado, mas o telefone não atendia, fomos avisados pela produção da Caravana que íamos nos apresentar pela manhã com um grupo de teatro de rua chamado Trupe Cabo de Chegar, justamente o grupo que a Lua tinha dito para entrarmos em contato, que coincidência maravilhosa. Fomos até o CEFET do Ceará (Centro Federal de Educação Tecnológica), pois sabíamos que lá havia curso de teatro, queríamos convidar os alunos para fazerem uma oficina com o Tá na Rua, foi difícil o contato, a coordenadora estava dando aula e não podíamos esperar, pegamos um telefone que depois não conseguimos falar. Uma professora que nos permitiu entrar na sala e falar com seus alunos, disse que admirava o trabalho do grupo mas não poderia liberar a turma para oficina pois estavam nas últimas semanas de montagem e não podiam interromper os ensaios, estavam montando Brecht. Diante das dificuldades não foi possível realizarmos a oficina.
Dia 14 pela manhã estávamos na Universidade para a nossa primeira atividade, nos confraternizamos com o pessoal do Cabo de Chegar, a Ana Marlene foi muito simpática, mandou um beijo para Lua. Tocamos e abrimos uma roda para o grupo que apresentou a história: Nas Garras do Capabode, os atores eram muito bons e o espetáculo divertidíssimo, era a história de uma menina que se apaixonava por uma homem que tinha que convencer seu irmão (Capabode) a dar a mão de sua irmã em casamento, eles usavam a música Terezinha de Jesus para custuras a narrativa, falavam sobre o uso da camisinha, e demonstravam como usá-la com a bainha da espada do Capabode.
À tarde fomos para o bandejão, entramos cantando e dançando, perguntamos se queriam ouvir nossa história e a maioria nos recebeu muito bem, contamos a Regadeira que foi acompanhada por todos que estavam almoçando, a resposta foi muito boa.
À noite fizemos uma apresentação, só estava eu de mulher com o Aldo, Pimpolho, Herculano e Chico (que foi para o som). Fizemos o Campônio, o Pimpolho fez a mãe e o Herculano a Nossa Senhora. Apresentamos a história das duas portuguesas, foi a primeira vez que fiz depois que o Amir conversou conosco em Macapá, me lembrei do papo de não cantar junto com a música, foi meio difícil, acho que as coisas estavam muito na minha cabeça e pouco no corpo, mas acho que dei um passo para redescobrir a maneira de fazer estas narrativas musicadas... Por fim fizemos o Abre essas pernas, eu fiz o homem e o Pimpolho a mulher, foi muito divertido, os universitários apertaram a bunda do Pimpolho quando ele foi até o público, ele estava ótimo. Já para mim foi difícil, no começo estava solta, mas depois que peguei o pirocão ficou complicado, foi tudo para o objeto e eu me senti perdida, também não consegui abandoná-lo, e nem sei se era o caso, mas o fato é que não me relacionei da melhor maneira possível. Aprendizado com certeza...
Depois o Aldo fez a transição para a entrada do número dos circenses que só não fechou melhor porque um representante da Une entrou para dar informações antes de concluirmos nossas atividades. Conversamos seriamente sobre isso, como fazer com que as pessoas entendam o curso natural e a importância das coisas, não é fácil, mas seguimos com nosso trabalho, certos de que o Tá na Rua contribui muito para a transformação das pessoas mas principalmente de nós mesmos...
Ana Cândida

Nenhum comentário: