quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Espaço Cultural Tom Jobim - Jd. Botânico - Rio

09/10/2008
Cheguei no Rio na manhã de segunda-feira (6/10),passei o fim de semana com minha família comemorando o aniversário de 50 anos da minha mãe, foi maravilhoso, fiz a pizza da letícia para os convidados e foi um sucesso.
Na segunda passei o dia todo desarrumando a mala e resolvendo aqueles problemas que podiam não existir (contas a pagar!!). À noite recebi um telefonema do Aldo falando sobre a inauguração do Espaço Cultural Tom Jobim no Jardim Botânico, a qual o Amir havia comentado em Macapá, primeiro deveríamos saber do que se tratava para depois aventar eventual participação.
Na terça-feira, no escritório li o roteiro mais detalhado e com o Disnael fiquei sabendo que se tratava de grandes cortejos e momentos de confraternização coletiva entre os grupos participantes do evento. Não posso deixar de falar que a primeira pessoa que encontrei foi a Sarah, fiel escudeira que vem nos auxiliando no escritório, depois minha querida e amada amiga Letícia que me deu um grande abraço confortando minha ansiedade e medo de como seria a recepção aqui no Rio depois de alguns incidentes. Encontrei também a Karina e nosso querido Disna (que está cabeludíssímo, um charme!!!). Fiquei sabendo que haveria ensaio à noite no Jardim Botânico e combinei com o Aldo de irmos lá ver como estavam as coisas, fiquei sabendo que a Lua e a Letícia chegaram de viagem também naquele dia.
Naquela noite chuvosa nos encaminhamos para o Jardim, eu, Aldo e Maria Helena (nos encontramos no meu prédio e mais um abraço afetuoso me aqueceu na noite fria do Rio!!!), quando chegamos foi uma delícia rever todos em ação, haviam vários grupos reunidos, o Miguel de forma primorosa passava o roteiro e nos conduzia pelos caminhos onde o circo etério passaria, num anúncio do que seria a linda festa do dia seguinte. O Amir arrematou lendo para todos o roteiro.
Era possível participar da festa, então no dia seguinte nos encontramos na casa do Tá na Rua (estava com muita saudades da nossa casa!!! só uma coisa não foi boa, minha alergia que fazia tempo não aparecia, me atacou!!!) tinha muita gente bonita e que eu não conhecia, pessoas da oficina do Amir, do Miguel e do Licko, todos escolhendo as melhores roupas para os três prováveis cortejos que faríamos (praia – anos 50 – carnaval). Na casa encontrei a Ingrid, está linda como sempre, muito bom abraça-lá. Às 13:00 horas fomos para o Jardim Botânico, e lá fomos nos concentrando com os demais coletivos que fariam a abertura do teatro Tom Jobim e também uma homenagem a esta fantástico artista. O teatro é realmente lindo, muito amplo, podemos dizer que é um espaço aberto com teto, na frente do palco tem um grande espaço antes da disposição das cadeiras da platéia, o que possibilita duas grandes áreas de atuação, o palco e este espaço entre palco e platéia.
A chuva não cessava, e o Amir verificou a necessidade de um plano B, afinal quase todas as apresentações e cortejos seriam do lado de fora do teatro. E assim foi feito, o novo roteiro, trazia as apresentações para o interior do teatro e hall de entrada, mas de qualquer forma o Amir disse que o cortejo tinha que sair, faça chuva ou faça sol. Colocamos nossas roupas e fomos para a porta do Jardim, o cortejo estava lindo de morrer!!! Muita gente!! A furiosa tocava as músicas do Tom, e nós cantávamos (e enrolávamos tb!!! o repertório Tom estava difícil!!!) e o cortejo seguiu por dentro e por fora, na Rua Jardim Botânico onde paramos o trânsito com nossa música, cores e alegria.
E então após retornar para o jardim e tomar a frente do teatro (todos dançando na chuva!!!), adentramos, a Mangueira nos recepcionou tocando o samba-enredo de 1992, uma homenagem ao Tom, fizemos um grande oficinão, e depois os outros grupos foram se apresentando, o Amir brilhantemente narrou aquela celebração, tivemos apresentação dos Orixás, Ademir do Sax, Cia. De Mistérios e Novidades, Irmãos Brother, Chorinho, Grupo de Pagode dos trabalhadores que construíram o teatro, Batucada, Orquestra Villa Lobos, palhaça Margarida, Maracatu de Pernambuco, todas estas atrações regadas de muita música e dança e certamente com a presença do Tom abençoando esta celebração.
Por fim fomos todos à mesa realizar a grande comunhão...
Eu fiquei muito feliz, sem responsabilidade de liderar cortejo ou qualquer compromisso maior, meu compromisso era comigo mesma de celebrar e festejar com todos este novo maravilhoso espaço que se abre na zona sul do Rio de Janeiro, que esperamos seja um espaço popular, não sei se isso de fato acontecerá, mas o importante é que pelo menos a inauguração foi o mais popular possível, no sentido mais amplo da palavra, festejamos juntos, horizontalmente, com as portas abertas para quem quisesse entrar e participar...
Essa passagem meteórica no Rio foi importante não só para resolver problemas pessoais, mas principalmente para retomar o contato físico com a base. Estou com muitas saudades do pessoal da Caravana, tenho certeza que meu maior desejo agora é seguir com o trabalho que iniciei dia 14 do agosto com este coletivo que aí está, o trabalho não é fácil mas sei que podemos conquistar ainda muitas coisas!!! Domingo estou de volta cheia de vontade!!!!
Ana Cândida

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